quinta-feira, 23 de setembro de 2010

SÓ SENDO PARAENSE PRA ENTENDER O TEXTO!



Um dia eu tava buiado, pensei em ir lá em baixo comprar uns tamatás. Só que eu tava cuma murrinha, mas criei coragem, peguei o sacrabala e varei pro veropa. Chequei um pouco tarde e só tinha peixe dispré. Égua, o sumano que tava vendendo tinha uma teba duma orelha... algo assim, do tipo, se nascessem nas costas seriam asas e ele um anjo. O gala-seca num espirrou em cima do tamatá dum tio que tinha acabado de comprar, e no meu tembéim. Ficou tudo cheio de bustela... Axiiiiiii, porcaria! Não é potoca, não. O dono dos tamatá muquiou o orelha-de-nós-todo; mas malinou mesmo. Eu até saí dalí e fui comer uma unha. Peguei logo a mais porruda! Tu é doido... quase que eu levo o farelo depois. Me deu um piriri. Também... perece até que eu sô leso, comer engasga-gato no veropa. Aí eu mudei de ideia e comprei sururu, um cupu e um bacuzão porrudão pra cozinhar no tucupi, muinto fiiiiiirme, mas um pouco pitiú. Depois disso tudo fui pra parada esperar o busão. Vi logo duas pipira varejando fazendo graça. Eu pensando com meus botões: “Já quer...” Só que varô um Paar-Ceasa sequinho e elas pegaro o beco... Fiquei na roça, fui o lara... Eu tava numa panemice, ispia só: além do sacrabala vim cheio, ainda caiu um toró... Égua tédoidé, pensa num bonde socado. Eu já tava esprimido, aí eu gritei pro motora: “éguaaaaaaaa, rumbora logo.” O busão ainda tava com as janelas fechadas por causa da chuva; aí começou aquele calor muito palha. De repente uma tiazinha bem gaga, que tava em pé quase despombalecendo. Daí o velho que tava com ela gritou pra galera: “Arredaí, piqueno pra senhora sentar aí na tua ilharga”. Ahahahahaha... o pivete só fez soltar: “Huuummm, tá cheiroso...”.

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