domingo, 11 de março de 2012

CULPA NO TRÂNSITO: CADA UM TEM A SUA

Texto colaborativo com alunos do Cursinho Tarde e Convênio-C do Colégio CEI


Por ocasião de como está difícil a convivência com a falta de planejamento urbano para Belém; a cidade cresceu e não houve reavaliação do projeto de crescimento urbano, daí o caos... e vem aí: condomínios, shopping, supermercados e muito, mas muito, mais problemas!


Uma sociedade deve prezar por sua unidade em todas possibilidades. Ninguém pode ou deve pensar no desenvolvimento de um setor ou atendimento de um serviço, sem analisar as consequências, do tipo, “efeito colateral”. Desse modo, quem disse que crescimento é garantia de qualidade de vida? No trânsito de Belém há muitas evidências de que a resposta é negativa. Ainda mais se levarmos em consideração à quantidade de condomínios e redes de supermercados e um shopping ao longo da Avenida Augusto Montenegro.

Ninguém é contra o desenvolvimento, ou pelo menos não deveria ser, desde que os gestores não sejam também contrários ao planejamento de suas intenções; principalmente aquelas que terão influências diretas na vida da população. Isso, porém, parece um câncer no trânsito de nossa capital – e talvez de toda grande cidade. O caos no trânsito é evidência que ninguém e nem um órgão gestor do tráfego se responsabiliza e acabam por tratar a questão muito genericamente. São veículos sobre as calçadas, as pessoas nas pistas, empurra-empurra enlouquecido que estressa, incomoda e agonia tudo e a todos.

Agora, convenhamos que educação no trânsito não diz respeito apenas a quem conduz veículos. Pedestres também são parte desse caos; e muitas vezes é o elo mais fraco desse processo tresloucado. Em algumas situações, diria até a maioria, deveria levar as pessoas não condutoras a frequentar as autoescolas. Pois educação nunca é demais em situação nenhuma. Façamos aqui o mea culpa necessário para mostrar que temos interesse em resolver os problemas, ainda mais, e principalmente, aqueles que nos dizem respeito.

Como pode a cidade crescer e ninguém imaginar que tudo aquilo que foi pensado para ela também precisa ser reformulado. Imaginemos que tanto queríamos nossa Belém como uma das sedes de jogos da Copa 2014 e “havia” um projeto urbano, até “bonitinho”, de infraestrutura com foco nas vias de acesso ao estádio, na hotelaria, aeroporto, enfim... Como a Copa não virá ninguém liga para o que é o caos. Daí, lembremos também que os palhaços Patati e Patatá vieram a Belém e todos sabem o que aconteceu, de 16h até às 20h quando resolveram cancelar o show; só porque a Augusto Montenegro não suportou a massa de veículos que se tumultuaram na ocasião.

Planejamento não há, mas interesses obscuros não faltam, e assim, de forma sutil, em ano eleitoral, aparece o tal do BRT como a “bola da vez” – é esperar para ver, e ver para crer – já quanto ao “quem viver, verá” é missão quase impossível no caos que se tornou nossas vias urbanas. Tudo isso pelo pecado de não pensarem num eficiente planejamento civil que ofereça tranquilidade a todos, sempre.

Alci Santos
Professor de Língua Portuguesa

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