domingo, 13 de julho de 2014

RESPEITO ÀS PESSOAS TAMBÉM

De fato, senhores leitores deste espaço, que a Constituição merece todo o nosso respeito – aliás, nós a respeitamos, mas quem realmente deveria não o faz.



Mas o que dá o direito a alguém, indignado com decisões e direitos dos que não são iguais a si, desrespeitar e se achar o dono da situação como fez, na edição de ontem, o Sr. Humberto Jorge. Tenho muita certeza que ele estava muito consciente da “enxurrada” de opiniões críticas às suas infelizes declarações – prefiro acreditar que foi uma atitude planejada.

Afinal, qual o temor de muitos diante das relações homoafetivas? O que temem tanto os que se dizem extremamente religiosos, ou que demonstram essa tal extremidade só nessas ocasiões? Não curtem... Não gostam... Então fiquem nos seus “quadrados”. Pois não serão obrigados a nada que não queiram.

A prepotência não leva ninguém a nada. E ainda que possa ter sido uma decisão que desagradou a uma parte dos indignados, e respeitando sua formação, caso a dê esse respaldo, quantas vezes o Sr. deve ter ficado enlouquecido com alguma decisão do STF e que diretamente lhe afetou – deve tê-lo espraguejado aos monte; mas agora o parabeniza. Até aí tudo muito compreensivo, mas questionar o conhecimento sobre a Constituição, em sentido, literal e minucioso, por parte de um juiz... Parabéns!

Quanto ao “avacalhado” país que o Sr. diz que o PT construiu, o senhor não estaria assim um tanto querendo se isentar de qualquer responsabilidade sobre isso? Por exemplo, não votei no Duciomar... Compreendam todos que o fato de não sermos parte dos problemas não significam que não podemos ajudar nas soluções – quão difícil é aceitar isso?
As tais bolsas, caso não saibam, já existiam como “ações assistencialistas” há muito tempo, mas assim evidenciadas com nomes populares nunca havíamos visto – ou todos sabem o que é um Ato Secreto e o que ocorre na ALEPA é novidade?

Sou formador de opinião e como tal levo algumas causas às salas de aulas para o debate democrático, mas dentro dos padrões de respeito às diferenças – já num estilo de competência que até os vestibulares cobram. Assim, a simples aula de Redação vira aula de cidadania, todos falam, todos ouvem e mesmo com as adversidades somos “moderados” e não radicalizamos nenhuma postura pessoal como sendo a plena verdade; fundamentamos o discurso na máxima de que “os direitos de um começam onde terminam os dos outros.” E só falamos sobre o que sabemos e quando não sabemos, estudamos e nos informamos.

Por fim, o Sr. Humberto pede respeito à Constituição e desrespeita Idosos e Portadores de Necessidades Especiais, com expressões chulas e pejorativas que, em termos de reconhecimento às capacidades intelectuais, é um extremo desrespeito.



Alci Santos
Professor de Língua Portuguesa

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