sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Por ocasião do arquivamento do processo no Conselho de Ética contra o famigerado Dep. Federal Jair Bolsonaro


POR QUE AS COISAS SÃO COMO SÃO

(30.06.2011)

Após ter conhecimento dos noticiários da quinta-feira, fiquei a me perguntar se não deveríamos estar um pouco mais indignados com a decisão, previsível, para o caso do deputado Jair Bolsonaro (aquele que adora polêmicas e declara que ganha qualquer caso em que receba processos). Acredito que o conformismo não nos levará a lugar algum, mas fazer o que contra forças que nos empurram a desacreditar nas cortes mais supremas e fidedignas, que deveriam ser.

Se em casos muito mais graves, não que as declarações infelizes desse progressista, imaginem só (PP-RJ), tivemos que nos conformar com as balelas e disse-me-disse, por que agora seria diferente? De acordo com os princípios da governabilidade: “quando não pode vencê-los, junte-se a eles.” Daí todos ficam com os rabos presos e nós pagamos o pato... é tudo assim mesmo, clichê puro!

É triste saber que em sã consciência há quem defenda as ideias expressas por esse cidadão – porque, por incrível que pareça ele é um cidadão, enquanto que muitos brasileiros tentam assegurar uma migalha desse direito constitucional – mas não têm valor partidário, financeiro e nem amigos “granados” – o que é muito importante, óbvio.

10 votos contra 7 para arquivar uma representação no Conselho de Ética a favor da insensatez de um tresloucado colecionador de processos; e contra o direito de ser o que se é: fala sério!

Estamos cada vez mais convencidos que só perdemos para nós mesmos, afinal são representantes do povo, eleitos por meio de voto direto, ovacionados e aclamados pelo povo que nos pregam as mais ridículas peças e nos agraciam com “bananas ao vento”. Não sinto vontade alguma de conhecer na práxis um sistema ditatorial, opressor, mas essa tal democracia também tá de sacanagem com a gente.


Alci Santos

Professor de Língua Portuguesa

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